Nota de um suicídio

Não deem a devida atenção desnecessária
Na qual não me deram quando fui vivo
Á qual tanto almejei e poucas, deveras, curtas.
Desfrutei quando perambulei por este circo concorrido
A distração da frustração?
Era a imaginação!
Hora ajudava...
Hora amargurava...
Na verdade, nunca fiz nada demais!
Adorava andar pelas praças
Acomodar-me num banco velho
E tentar imaginar o que se passava
Na cabeça das pessoas que iam aquele lugar
Alguns poderiam estar fazendo o mesmo que eu.
Outros corriam pra fixar no corpo a ideia da perfeição.
Oito deles jogavam bola por puro lazer
E eu?
Esperava algo que nem mesmo sabia o que seria!
Em seguida fazia o mesmo ritual
Levantava-me com um notório desanimo
E ao mesmo tempo uma esperança
De uma chegada da minha espera
As repetições acabaram com a minha coluna
O trabalho, a faculdade, as idas aos bares.
As atenções curtas nas noites de quem
Não tem o mínimo interesse!
Tom Campos


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